Na história mais recente do Vitória, o torcedor já viveu altos e baixos. Entre os pontos extremos do clube da Zona da Mata pernambucana estão as decaídas e os acessos de segunda para primeira divisão. Glorioso na década de 90, o Tricolor das Tabocas ressurgiu em 2008 com uma nova razão social: mudou de ”Associação Desportiva Vitória” para ”Vitória de Santo Antão – Associação Acadêmia e Desportiva”. O símbolo foi trocado, mas as cores e o hino permaneceram originais. Antes da ”ressurreição”, falaremos de quatro anos antes.
Em 2004, a ainda “Desportiva” viveu um momento marcante. Disputou uma segunda divisão e desbancou todo mundo, exceto, o Ramalat de Ouricuri, que veio do Sertão para sufocar o grito de quase dez mil torcedores na partida que valia o acesso. O extinto clube sertanejo das cores alviverdes jogava por um simples empate e se segurou com um 0x0. Fez a festa, mas mal esperava por uma notícia desmotivadora. O Vitória conseguiu encontrar uma irregularidade naquele time. O zagueiro Ricardo Fernandes não poderia jogar, pois estava irregular. Como atuou na partida, o caso foi parar na justiça e os pontos foram revertidos em favor do time de Vitória de Santo Antão.
2005
Em 2005, de volta à primeira, o clube realizou uma boa campanha ficando longe do rebaixamento,
consecutivamente foi disputar uma terceira divisão nacional, entretanto, não passou da fase inicial. Em 2006 jogou a primeira do Pernambucano e foi rebaixado. No ano seguinte disputou a segunda divisão, mas a campanha foi pífia e o clube não subiu. Em 2008, mudou a razão social e entrou novamente na segundona. Naquele ano os jogos eram disputados em Limoeiro, devido à negativa da prefeitura em ceder o estádio municipal.
Jogando no José Vareda, o Tricolor das Tabocas foi o dono da melhor campanha e numa noite de quarta-feira, 21 de outubro, decretava sua volta ao pelotão de frente do futebol pernambucano. Havia encarado o Afogadense no domingo e empatado em 2×2 na casa do adversário.
No jogo da volta, diante do estádio lotado, levou a melhor. Dinda, veterano, abriu o marcador aos 07 minutos da etapa inicial. Silas, aos 20 minutos, empatou. Aos 3 minutos do segundo tempo Alan Rocha deixou o Vitória de novo na frente e, aos 44, o artilheiro voltou a marcar. Nos acréscimos, Tiaguinho fez mais um para o clube sertanejo, porém, era tarde demais. O jogo ficou em 3×2 e o clube estava de volta à elite. Na mesma competição o Vitória encarou a Cabense e venceu os dois jogos da final por 1×0. Sandro Miguel e Dinda fizeram os gols, respectivamente.
Em 2009 e 2010, o Vitória jogou a primeira divisão novamente. No ano seguinte, 2011, a torcida amargou de novo o rebaixamento. Em uma série de troca de treinadores, Peu Santos deu vaga a Charles Muniz, que foi substituído por Rinaldo Lima, em seguida. Não deu sorte, o clube mais uma vez foi rebaixado. Voltou à segundona e disputou em 2012. Chegou perto, mas não subiu.
O ano do recente acesso foi 2013. Numa tarde de quarta-feira, 30 de outubro, Vitória e Timbaúba jogavam no Carneirão. Estava em campo duas fortes equipes. Era confronto perigoso e quem vencesse levava a vantagem para o jogo da volta, em Timbaúba, no Estádio Ferreira Lima, quatro dias depois. O primeiro tempo não reservou muita emoção, mas, o segundo, mudou o rumo da história. Kleitinho calou a torcida presente no Carneirão aos 05 minutos. Ele recebeu um cruzamento perfeito de Diego Gois e mandou a pelota para as redes do goleiro Preto. Aos 33 minutos, Índio, o prata da casa, fez um cruzamento e a bola foi morrer na meta timbaubense após cochilo do goleiro. Sete minutos depois, também em jogada que veio por cima, Alan Rocha tocou a bola na saída do arqueiro e decretou a virada.
Alan
Foi em Timbaúba que o acesso acabou conquistado. A torcida da casa havia lotado o estádio para ver o jogo que teve a mesma dinâmica do primeiro, só que o gol da vitória saiu apenas aos 44 minutos do segundo tempo. Robertinho, recebeu a bola no meio de dois marcadores, saiu em velocidade e chutou no canto direito do goleiro. O meia-atacante era muito veloz e habilidoso. O time era comandado por Maurílio Silva, que tinha experiência como jogador e chegou a fazer história no Palmeiras.
31 minutos
Em 2015, o clube vive a mesma expectativa às vésperas de uma decisão. Como caiu em 2014, os vitorienses estão a uma simples vitória da primeira divisão no segundo jogo da semifinal da segundona. O primeiro embate contra o Afogados da Ingazeira, no domingo passado, teve vantagem do Taboquito, que venceu por 4×2. Nesta quarta-feira, os onze comandados de Laelson Lima entram em campo às 20h, no Estádio Carneirão. Um bom resultado além de garantir o acesso, dá a vaga na final contra o Belo Jardim, que já subiu.
Fonte :Márcio Souza